Absenteísmo no trabalho é a ausência frequente e não planejada do colaborador em sua jornada laboral, seja por faltas integrais, atrasos, saídas antecipadas ou licenças recorrentes. Essa prática compromete diretamente a produtividade, o clima organizacional e os resultados da empresa.
📊 Exemplo prático: Imagine uma empresa de call center com 100 colaboradores. Se, ao longo de um mês, 12 pessoas faltaram 2 dias cada, foram perdidos 24 dias de trabalho. Isso equivale a uma taxa de absenteísmo de 1,2%, já gerando impacto no atendimento ao cliente e sobrecarga para os demais.
Dados de 2024 mostram que o absenteísmo médio no setor de serviços gira em torno de 5%, ultrapassando os 10% em empresas de grande porte com alta rotatividade.
Caro leitor, se quiser entender a relação entre as NRs. De uma lida nesse artigo, tenho certeza que não irá se arrepender: os melhores livros de Segurança do Trabalho para 2025.
Os impactos do absenteísmo são significativos:
Redução da produtividade;
Sobrecarga de equipes;
Aumento do estresse e do presenteísmo;
Perda de prazos e qualidade;
Elevação de custos com horas extras e contratações temporárias;
Comprometimento do clima organizacional.
Existem diferentes formas de ausências que configuram o absenteísmo:
Faltas por motivos legais ou autorizados, como:
Doenças com atestado;
Licença maternidade/paternidade;
Exames e consultas médicas.
Faltas sem justificativa ou comunicação prévia, geralmente relacionadas a:
Desmotivação;
Conflitos internos;
Desalinhamento com a cultura.
Colaborador comparece ao trabalho, mas sem condições físicas ou emocionais para produzir adequadamente.
As causas podem ser divididas entre pessoais e organizacionais:
Doenças físicas ou mentais;
Falta de qualidade de vida e bem-estar;
Ambiente de trabalho tóxico;
Estresse excessivo e burnout;
Falhas ergonômicas (NR17);
Falta de reconhecimento e plano de carreira;
Liderança ineficaz.
Vamos considerar um exemplo mais completo e prático para ilustrar:
📊 Exemplo prático: Imagine uma empresa de produção com 80 colaboradores. Durante um mês de 22 dias úteis, foram registrados 44 dias de ausências somadas entre todos os trabalhadores. Aplicando a fórmula:
Taxa de absenteísmo = (80 x 0,55) ÷ (80 x 22) x 100 = 2,5%
Nesse caso, a empresa está dentro da média aceitável, mas o RH pode usar essa informação para monitorar tendências e tomar medidas preventivas.
A fórmula mais comum é:
Taxa = (Horas/Dias perdidos) ÷ (Horas/Dias totais trabalháveis) x 100
Empresa com 50 colaboradores, 10 dias de ausências acumuladas num mês de 20 dias úteis:
(50 x 10) ÷ (50 x 20) x 100 = 25%
Para mais precisão, pode-se utilizar também o cálculo por horas, principalmente em registros com ponto eletrônico.
A literatura e os indicadores apontam:
Ideal: 0% a 3%;
Alerta: 4% a 6%;
Crítico: acima de 6%.
Setores como o varejo e a indústria apresentam variações. Por isso, é essencial comparar com benchmarks do segmento.
O absenteísmo está diretamente ligado à Saúde e Segurança do Trabalho (SST):
NR17 – Ergonomia: visa adaptar o posto de trabalho às características do trabalhador;
NR7 – PCMSO: programa de controle médico de saúde ocupacional;
NR1 – PGR: gerenciamento de riscos ocupacionais;
CLT Art. 198/199: regulação da ergonomia;
CAT: comunicação de acidente de trabalho.
Empresas que negligenciam esses aspectos têm maior exposição a riscos jurídicos, passivos trabalhistas e aumento da taxa de ausências.
Para facilitar a implementação, destacamos as ações que podem ser adotadas de forma mais rápida e com poucos recursos (implementação rápida):
Diagnosticar as causas com dados e escuta ativa (implementação rápida);
Promover ergonomia com base na NR17;
Implementar o PCMSO e AET eficazes;
Oferecer apoio psicológico e emocional;
Criar programas de qualidade de vida e bem-estar;
Revisar a cultura organizacional e liderança;
Flexibilizar jornadas e estimular o home office quando possível (implementação rápida);
Oferecer plano de carreira e reconhecimento;
Monitorar com KPIs e dashboards (implementação rápida);
Treinar lideranças para atuação preventiva.
Indicador de absenteísmo mensal;
Indicador por setor e colaborador;
Dashboard integrado ao sistema de ponto/RH;
Alertas automáticos para gestão preventiva.
O absenteísmo no trabalho é um dos principais desafios para a produtividade e a saúde organizacional. Ao compreender suas causas, medir corretamente e adotar estratégias fundamentadas em SST, é possível reverter o quadro e promover um ambiente mais saudável, engajado e rentável.
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O que é absenteísmo no trabalho?
Ausência não programada do colaborador, incluindo faltas, atrasos e saídas antecipadas.
Quais são os principais tipos de absenteísmo?
Justificado, injustificado e presenteísmo.
O que é presenteísmo?
É quando o colaborador está presente fisicamente, mas não em condições produtivas.
Como calcular a taxa de absenteísmo?
Divida o total de horas ou dias perdidos pelo total planejado e multiplique por 100.
Qual a taxa aceitável de absenteísmo?
Entre 0% e 3%. Acima de 4% requer atenção.
Como a ergonomia influencia no absenteísmo?
Postos mal adaptados aumentam lesões e afastamentos. A NR17 regula esse aspecto.
Qual a relação entre SST e absenteísmo?
Ambientes seguros e saudáveis reduzem significativamente a taxa de ausências.
Quais normas legais abordam o tema?
NR17, NR7, NR1, CLT e instrumentos como o PCMSO e CAT.