A campanha Setembro Amarelo na Segurança do Trabalho é mais do que uma ação simbólica: é uma necessidade urgente dentro das empresas brasileiras. Com base na campanha nacional liderada pela ABP e pelo CFM desde 2014, o objetivo é claro: combater o estigma, conscientizar e salvar vidas.
Caro leitor, se quiser entender a relação entre as NRs. De uma lida nesse artigo, tenho certeza que não irá se arrepender: os melhores livros de Segurança do Trabalho para 2025.
Setembro Amarelo é uma campanha de prevenção ao suicídio que acontece anualmente em todo o Brasil, com seu ponto alto no dia 10 de setembro, Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. A iniciativa surgiu em 2013 e se tornou a maior campanha antiestigma do mundo, promovendo informação, acolhimento e suporte emocional.
Na minha vivência como profissional de SST, vejo que saúde mental no trabalho ainda é um tabu em muitas organizações. No entanto, os números são alarmantes:
Mais de 700 mil suicídios por ano no mundo (OMS, 2019)
Cerca de 14 mil casos por ano no Brasil
Em média, 38 pessoas por dia tiram a própria vida no país
Doenças mentais estão associadas a quase todos os casos
A SST não pode ignorar esse cenário. A prevenção é possível e começa com acolhimento, escuta ativa e ações estruturadas.
A CIPA e o SESMT devem ser protagonistas da campanha. Eles podem promover rodas de conversa, palestras e distribuir materiais educativos.
Dica: Utilize os materiais oficiais da ABP, como a cartilha “Suicídio: Informando para Prevenir”.
Ter um canal interno de escuta, com apoio de psicólogos ou encaminhamento para atendimento especializado, é essencial. Mostrar que a empresa se importa é um passo crucial.
Decore os ambientes com elementos na cor amarela, frases de apoio e divulgue o lema de 2025: “Se precisar, peça ajuda!”. Isso ajuda a criar empatia e quebrar o silêncio.
Capacite lideranças e colegas de trabalho a reconhecer sinais de sofrimento emocional. A escuta sem julgamento salva vidas.
Setembro Amarelo é o ponto de partida. Mas a saúde mental deve ser pauta o ano todo. Crie programas permanentes de qualidade de vida e bem-estar.
Distribua cartões anônimos com mensagens positivas e de acolhimento em locais visíveis da empresa (murais, banheiros, refeitório). Pequenos gestos podem fazer grande diferença para quem está passando por um momento difícil.
Aprender a identificar sinais de risco é parte da prevenção:
Afastamento social
Mudanças bruscas de humor
Queda de produtividade
Comentários sobre morte ou desistência
Comportamentos autodestrutivos
Segundo a NR-17 (Ergonomia) e a NR-7 (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional), a empresa tem obrigação de garantir condições de trabalho que preservem a saúde física e mental do trabalhador.
Ignorar os aspectos psicossociais é negligenciar a segurança do trabalho.
A atuação preventiva da SST pode evitar o agravamento de casos de sofrimento psíquico. Com a devida sensibilização e estrutura, é possível criar um ambiente onde o colaborador se sinta ouvido, respeitado e protegido.
O Setembro Amarelo na Segurança do Trabalho é um chamado à responsabilidade social das empresas. Não basta adesivar as paredes: é preciso criar uma cultura de escuta, acolhimento e cuidado permanente. A vida vale mais do que qualquer meta.
1. O que é o Setembro Amarelo na Segurança do Trabalho?
É a adesão das empresas à campanha de prevenção ao suicídio, com foco na saúde mental dos trabalhadores.
2. Como a CIPA pode participar do Setembro Amarelo?
Promovendo ações educativas, rodas de conversa e divulgação de materiais informativos.
3. Existe obrigatoriedade legal para tratar saúde mental nas empresas?
Sim. Normas como a NR-17 e NR-7 exigem a preservação da saúde física e mental no ambiente de trabalho.
4. Quais são os principais sinais de alerta de risco de suicídio?
Isolamento, queda de produtividade, mudança de humor e falas negativas sobre a vida.
5. Quais ações práticas uma empresa pode fazer no Setembro Amarelo?
Campanhas visuais, palestras, apoio psicológico, treinamentos e canais de escuta.
6. Como o SESMT deve atuar na prevenção ao suicídio?
Com campanhas educativas, avaliações de risco psicossocial e suporte aos trabalhadores em sofrimento.